segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Afrodite e a Arte de Amar


Afrodite e a Arte de Amar
por Sílvia Rocha

A
Deusa Afrodite é o arquétipo do relacionamento e da criatividade. Este
personagem que habita o inconsciente de cada mulher

permissão para compartilhar o amor, o prazer, e também elevar a auto-estima.
Mulheres
que querem atrair um amor para suas vidas
podem
chamá-la conectando-se com esta força que vem do coração.
Na
Mitologia grega, Afrodite nasceu após a derrota de Urano quando Cronos o
desbanca cortando seus genitais e jogando-os ao mar. Desta concepção oceânica
nasce Afrodite a quem os Romanos chamavam de Vênus. Da espuma do mar, ela chega
belíssima e sensual - de todas as Deusas foi a preferida dos artistas, sendo
retratada de diferentes formas. Botticelli imortalizou-a com sua pintura
“Nascimento de Vênus”. Teve vários amantes no Olimpo sendo Ares o deus da guerra
o seu preferido e foi casada com Hefesto. Tinha a liberdade de iniciar e
terminar um romance e entregava-se a todos sem reservas.
Afrodite
é a Deusa da comunicação e da extroversão, do gozo, da risada, da beleza sensual
e da sexualidade. Fica à vontade com sua energia vital e é livre para
expressá-la. O desejo que nos motiva a ação, a força que impulsiona a mudança em
nossas vidas. É Afrodite que cura qualquer depressão ou prostração, é a alegria
e o êxtase da vida.
Santa
ou mundana – Após o período de patriarcado este arquétipo ficou muito ferido,
desequilibrando a psique das mulheres. A repressão sexual veio para freiar as
mulheres e ter o controle sob herdeiros dividindo as mulheres entre as “feitas
para casar e dar filhos” e as “feitas para brincar”. Neste momento houve a cisão
da sexualidade com o sentimento e colocou a mulher à sombra do homem.
Numa
atitude de oposição, a mulher ganhou força e foi às ruas queimar os sutiãs e
reinvindicar sua autonomia sexual, financeira e profissional. Conseguiu ganhar
um lugar de mais poder na sociedade porém com um custo de negar sua própria
feminilidade.
Sexualidade
– Se houve uma maior liberdade sexual nem sempre esta foi vivenciada sem culpa
ou julgamentos. Parece até que a mulher que se envergonha ainda é mais decente
do que aquela que se deleita. Modelos mentais patriarcais que podem ser
transformados. Afrodite nos lembra que o ato sexual é sagrado, não como um fim
em si mesmo mas como uma forma de uma união profunda com o ser amado. Tão
sagrado e vital que faz gerar a vida. Cada companheiro que encontra, Afrodite
acredita que é o seu par perfeito. Relacionamentos são muito importantes e ela
os vive intensamente com entrega e cada um a seu tempo.
O
Retorno de Afrodite. É este arquétipo que as mulheres devem resgatar para
melhorarem a Auto-estima.
Entrega
X abandono - Era chamada de Deusa alquímica pois se misturava com o parceiro sem
perder a identidade. Em cada relacionamento se deixava transformar, numa
alquimia de energias - a química do amor. Seu segredo: Amava o que via no
espelho: ela mesma. Podia se entregar porque tinha um centro forte e nunca se
abandonava pelo outro. O espelho a faz lembrar de si e seu empenho em se cuidar
fortalece sua presença.
Portadora
dos sonhos – um homem que tem a seu lado uma mulher afrodite, além de uma
dedicada amante possui uma aliada de seus sonhos e projetos pois ela acredita e
o apóia até seu sonho virar realidade. É ela que aposta em todo seu potencial e
o incentiva a concretizá-lo. Afrodite está interessada na qualidade dos
relacionamentos mais do que na sua permanência.
Criatividade
– Não convencional, a mulher-Afrodite é abundante de poder criativo. Lança-se
com paixão em seus relacionamentos e projetos de vida. É apaixonada e impetuosa
e não se preocupa de ser aceita pois sua auto-aprovação vem de uma auto-estima
forte. Pode incomodar aqueles que precisam de regras sistemáticas para estar num
“mundo seguro”. Entra em êxtase com a novidade. Se uma mulher casada quer
apimentar a relação deve chamar Afrodite para ajudar sua Deusa Hera (Deusa do
casamento e da estabilidade) bem como dar um colorido novo à sua
existência.

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