segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Afrodite e a Arte de Amar


Afrodite e a Arte de Amar
por Sílvia Rocha

A
Deusa Afrodite é o arquétipo do relacionamento e da criatividade. Este
personagem que habita o inconsciente de cada mulher

permissão para compartilhar o amor, o prazer, e também elevar a auto-estima.
Mulheres
que querem atrair um amor para suas vidas
podem
chamá-la conectando-se com esta força que vem do coração.
Na
Mitologia grega, Afrodite nasceu após a derrota de Urano quando Cronos o
desbanca cortando seus genitais e jogando-os ao mar. Desta concepção oceânica
nasce Afrodite a quem os Romanos chamavam de Vênus. Da espuma do mar, ela chega
belíssima e sensual - de todas as Deusas foi a preferida dos artistas, sendo
retratada de diferentes formas. Botticelli imortalizou-a com sua pintura
“Nascimento de Vênus”. Teve vários amantes no Olimpo sendo Ares o deus da guerra
o seu preferido e foi casada com Hefesto. Tinha a liberdade de iniciar e
terminar um romance e entregava-se a todos sem reservas.
Afrodite
é a Deusa da comunicação e da extroversão, do gozo, da risada, da beleza sensual
e da sexualidade. Fica à vontade com sua energia vital e é livre para
expressá-la. O desejo que nos motiva a ação, a força que impulsiona a mudança em
nossas vidas. É Afrodite que cura qualquer depressão ou prostração, é a alegria
e o êxtase da vida.
Santa
ou mundana – Após o período de patriarcado este arquétipo ficou muito ferido,
desequilibrando a psique das mulheres. A repressão sexual veio para freiar as
mulheres e ter o controle sob herdeiros dividindo as mulheres entre as “feitas
para casar e dar filhos” e as “feitas para brincar”. Neste momento houve a cisão
da sexualidade com o sentimento e colocou a mulher à sombra do homem.
Numa
atitude de oposição, a mulher ganhou força e foi às ruas queimar os sutiãs e
reinvindicar sua autonomia sexual, financeira e profissional. Conseguiu ganhar
um lugar de mais poder na sociedade porém com um custo de negar sua própria
feminilidade.
Sexualidade
– Se houve uma maior liberdade sexual nem sempre esta foi vivenciada sem culpa
ou julgamentos. Parece até que a mulher que se envergonha ainda é mais decente
do que aquela que se deleita. Modelos mentais patriarcais que podem ser
transformados. Afrodite nos lembra que o ato sexual é sagrado, não como um fim
em si mesmo mas como uma forma de uma união profunda com o ser amado. Tão
sagrado e vital que faz gerar a vida. Cada companheiro que encontra, Afrodite
acredita que é o seu par perfeito. Relacionamentos são muito importantes e ela
os vive intensamente com entrega e cada um a seu tempo.
O
Retorno de Afrodite. É este arquétipo que as mulheres devem resgatar para
melhorarem a Auto-estima.
Entrega
X abandono - Era chamada de Deusa alquímica pois se misturava com o parceiro sem
perder a identidade. Em cada relacionamento se deixava transformar, numa
alquimia de energias - a química do amor. Seu segredo: Amava o que via no
espelho: ela mesma. Podia se entregar porque tinha um centro forte e nunca se
abandonava pelo outro. O espelho a faz lembrar de si e seu empenho em se cuidar
fortalece sua presença.
Portadora
dos sonhos – um homem que tem a seu lado uma mulher afrodite, além de uma
dedicada amante possui uma aliada de seus sonhos e projetos pois ela acredita e
o apóia até seu sonho virar realidade. É ela que aposta em todo seu potencial e
o incentiva a concretizá-lo. Afrodite está interessada na qualidade dos
relacionamentos mais do que na sua permanência.
Criatividade
– Não convencional, a mulher-Afrodite é abundante de poder criativo. Lança-se
com paixão em seus relacionamentos e projetos de vida. É apaixonada e impetuosa
e não se preocupa de ser aceita pois sua auto-aprovação vem de uma auto-estima
forte. Pode incomodar aqueles que precisam de regras sistemáticas para estar num
“mundo seguro”. Entra em êxtase com a novidade. Se uma mulher casada quer
apimentar a relação deve chamar Afrodite para ajudar sua Deusa Hera (Deusa do
casamento e da estabilidade) bem como dar um colorido novo à sua
existência.

Baba Yaga - Mulher Selvagem


BABA YAGA
Caminho pela floresta e falo intimamente com os animais
Danço descalça na chuvaDanço nuaViajo por caminhos
que eu mesma façoe da maneira que me convémMeus
instintos e meu olfato são aguçados Expresso livremente minha vitalidade
minha alegria pura e exuberantepara agradar a mim mesma
porque é naturalé o que tem de serSou a selvagem e
jubilosa energia vital Venha e junte-se a mim Baba-Yaga
é uma velha, muito velha, que vive em uma cabana sobre pés-de-galinha. Ela se
alimenta de ossos humanos moídos em seu pilão, mas há quem diga que também come
criancinhas com seus dentes de ferro. E voa dentro de um almofariz de prata,
muito veloz. Contam ainda que o rastro de cinzas que deixa pelo céu, rapidamente
a danada vai apagando com sua vassoura. Importante figura no imaginário do
povo russo, Baba-Yaga está presente em muitos contos tradicionais, no caminho de
Vassilissa, a bela, ou do destemido Príncipe Ivan, como nas bilinas (narrativas
em verso) de grandes poetas românticos, entre eles, Gogol, Puchkin, Liermontov.
Igualmente na música clássica daquele país, alguns compositores se dedicaram a
fazer-lhe um “retrato sonoro”: temos três poemas orquestrais com Dargomíshky,
Balakirev e Liadov; ela também aparece na suíte Quadros de uma Exposição, de
Mussorgsky, e no Álbum para Crianças, de Tchaikovsky. Talvez, a primeira
antologia de literatura russa de tradição oral, que o público de língua
portuguesa teve acesso, fora feita por Alfredo Apell, nos idos da década de
1920. No Brasil, a bruxa aparece na história de encantamentos “A
princesa-serpente”, na coletânea Contos populares russos organizada por J. Vale
Moutinho (Nova Crítica, 1978 e Princípio, 1990), mas coube à escritora Tatiana
Belinky o resgate mais bem divulgado como literatura para crianças: a velha Yaga
e a magia das skáskas (narrativas maravilhosas) estão em Sete contos russos
(Companhia das Letrinhas, 1995). Mais recentemente, foram publicados, em três
volumes, os Contos de fadas russos, organizados por Aleksandr Afanas'ev, a
partir de 1855, com o título Narodnye russkii skazki, base destes trabalhos e
outras formas adaptadas (Landy, 2002 e 2003).Quase sempre, Baba-Yaga é a
temível bruxa, a malvada, la maliarda. Às vezes, ela parece ser apenas uma
grande conselheira ou a guardiã de muitos segredos, moradora da escuridão numa
densa floresta. Sob esta faceta, Baba-Yaga seria assim como a representação da
Mãe-Natureza, igualando-se às antigas deusas, uma divindade com poderes sobre a
vida e a morte porque rico em mistérios é seu perfil. Contudo, nossa maneira
apressada de encarar as realidades imaginárias acomodou-se sobre a lógica a
dividir o mundo em partes e posições irreconciliáveis. Quando se pensa em
bruxas, evocam-se as fadas e uma eterna rivalidade, ou seja, a luta entre o Bem
e o Mal. Ora, a designação “bruxa” dada às velhas sábias surgiu muito antes
do cristianismo lançar sua caça à elas, e referia-se a uma casta de sacerdotisas
de um sistema religioso antigo e diferente, com caracteres próprios ao
paganismo: uma religião de culto à Terra. Durante a baixa Idade Média (até
meados de 1400), as bruxas eram tidas em consideração pelos campônios, aldeões e
demais homens das vilas. A bruxaria era, para o Clero e a Coroa, uma simples
superstição e, de modo algum, estava associada aos poderes do Mal.
Reconhecidamente, as velhas que prestavam serviços para toda a comunidade na
condição de parteiras, curandeiras, conselheiras, eram bruxas. Acreditava-se
(uma tradição que ainda hoje se mantém) que essas mulheres tinham poder e
influência sobre o corpo de outras pessoas e podiam curar doenças, bem como
havia a crença de que sua magia e outras formas de projeção podiam favorecer a
boa colheita. Com suas ervas milagreiras, a antecipação do futuro e outras
simpatias, as bruxas eram respeitadas. A Medicina era ainda uma ciência
incipiente, atendendo prioritariamente às camadas mais altas da sociedade
medieval, como a nobreza e o clero; mesmo assim, os resultados a que chegava
eram menores e mais incertos que os milagres operados pelas velhas sábias do
povo. No entanto, com a crise que a igreja medieval enfrentou junto às
classes populares, as bruxas acabariam por cair em desgraça. Política e religião
uniram forças e passaram a difundir novas imagens e idéias a respeito do
curandeirismo e outras superstições relacionadas às velhas. Tornaram-se agentes
do Mal, foram demonizadas dentro dos tribunais, em oposição a um sistema que
representava a visão do Bem. Como portadoras de uma maldição divina, as bruxas
se transformaram ideologicamente em consortes do próprio Diabo — ao mesmo tempo
em que, na iconografia da época, o anjo soberbo ganhava novos contornos,
assemelhando-se ao traçado animalesco e profano do antigo deus Pã. Fora criado
igualmente o conceito de sabá, a grande festa orgíaca em que a devassidão, a
gula e a beberagem tomavam a cena, gerando terror e histerismo entre o povo.
O velho conselho de uma bruxa não continha mais sabedoria, tornou-se um
maledicente sussurro como um vento sequioso, frio e corruptor. E, entre os véus
e alguma penumbra da fantasia, surgiram voláteis fadas, numinosas entidades,
obrigando as mulheres-bruxas a esconderem-se em refúgios cada vez mais ermos. Os
contos populares de magia são pródigos nas imagens do sítio abandonado, da alta
torre, do castelo debaixo da montanha ou imerso no mar, como a casa perdida no
meio da floresta em que ninguém ousa penetrar. Vassilissa, a Formosa, andou
e andou, e só ao entardecer do dia seguinte ela chegou à clareira onde ficava a
cabana da Baba-Iagá. A cerca em volta dessa isbá era toda feita de ossos
humanos, encabeçados por crânios espetados neles, com olhos humanos nas órbitas.
E o trinco do portão era uma boca humana cheia de dentes aguçados. E a casinha
era construída sobre grandes pés de galinha. (Belinky 1996: 25-6)Longe do
convívio humano, Baba-Yaga tem o domínio pleno e solitário da floresta, suas
árvores e as sombras, revelando-se como uma das manifestações do arquétipo
feminino da Grande-Mãe, com quem, em última instância, todos buscam um consolo
ou ajuda. O encontro de Vassilissa com ela guarda certas semelhanças com uma
versão primitiva pouco conhecida do conto de O Chapeuzinho Vermelho, que remete
não apenas a um rito de passagem, mas à transmissão de poderes da mulher velha
para a jovem (Kaplan, 1997). É necessário um período de convivência
naquela cabana e abandonar os temores e a curiosidade infantis, para que uma
nova aprendizagem se estabeleça. É ilustrativo o diálogo com Vassilissa, a
respeito dos três cavaleiros que a menina vira passar (o branco, o rubro e o
preto), quando se dirigia à cabana sobre pés-de-galinha. A velha responde que
eles respectivamente são “meu dia, minha tarde, minha noite”. Não poderia se
expressar de outra maneira, não fosse a verdadeira senhora da passagem do tempo.
“Podemos chamá-la de Grande Deusa da Natureza”, afirma Marie-Louise von Franz,
mas “obviamente, com todos esses esqueletos em volta de sua casa, ela é também a
Deusa da Morte, que é um aspecto da natureza” (1985: 208). Baba-Yaga compreende
igualmente os dois mistérios extremos da Vida, o nascimento (criação) e a morte
(destruição). A Grande Mãe nem sempre é Boa Mãe. Na escala grandiosa, o seu
aspecto negativo, devorador e asfixiante, denomina-se a Mãe Terrível [...] Nos
mitos, aparece como a mãe devoradora que come os próprios filhos. Conhecemo-la
como a cruel Mãe Natureza, que procura repossuir toda a vida — toda a
civilização — com a finalidade de colocar tudo de novo dentro do ventre primevo.
Como terremoto, abre literalmente o ventre para sugar o homem e suas criações de
volta a si mesma. (Nichols 1995: 105)Além de suas qualidades dóceis e
férteis, o arquétipo da Grande-Mãe simboliza a destruição necessária para uma
nova ordem. O sorriso malévolo de Baba-Yaga pode ser comparado com inúmeras
representações de um tipo de mãe-fera, como é o caso da deusa Kali da tradição
hindu. Sedenta de sangue, Kali pode surgir inesperadamente diante de seu
expectador com a língua vermelha estirada para fora — antevendo o prazer da
devoração. Do bosque saiu a malvada Baba-Iaga. Viajava dentro de um
almofariz e segurava na mão o pilão e a vassoura.— Cheira-me aqui a carne
humana! — suspeitou a terrível bruxa. Vassilissa estava tão aterrorizada que
se sentiu desmaiar. Tudo em volta era sinistro e Baba-Iaga tinha um ar
ameaçador. Mas resolveu encher-se de coragem. Já que ali estava, pelos menos ia
tentar a sorte e pedir ajuda àquela horrível bruxa. Assim, aproximou-se da
velha, inclinou-se e disse: — Olá, avozinha! As minhas irmãs mandaram-me vir
ter contigo, para te pedir lume. (Beliayeva 1995: 81)Quando nos depararmos
com o temívelQ, ou mesmo com o nariz e as rugas de Baba-Yaga, intimamente
sabemos algo de sua força e sua ancestralidade mágica. Tratá-la com
respeito é o primeiro passo para conquistar respeito em troca. Quando Vassilissa
encara a feiticeira com sinceridade, sem soberba ante o perigo, assegura as
chances para uma cumplicidade e convivência pacífica com a velha. Não cair em
sua ira devoradora significa ter acesso aos conhecimentos dessa potestade
arquetípica. Durante a estadia na isbá da bruxa, há de recuperar essa memória,
os segredos de quem sabe ouvir a música das correntezas subterrâneas. Ao mesmo
tempo em que vai demonstrando sinais de afeição, a menina reconhece na outra o
saber, ainda que inconsciente, na verdade é seu. Afinal, que imagem o espelho de
seus olhos refletirá? Enquanto Baba-Yaga jantava, Wassilissa ficou ali
perto, silenciosa. Baba-Yaga disse: “Por que é que você está me olhando sem
dizer nada? Você é muda?” A menina respondeu: “Se pudesse, gostaria de lhe
fazer algumas perguntas.”“Pergunte”, disse Baba-Yaga, “mas lembre-se, nem
todas as perguntas são boas. Saber demais envelhece!” (von Franz 1985:
206)http://dobrasdaleitura.com/contopop/index.html

Deusa Nórdica do Amor e da Sexualidade


Deusa Fréya, Deusa nórdica do amor e da
Sexualidade
FRÉYA, DEUSA DO AMOR E DA
SEXUALIDADEOs europeus do norte chamaram sua Deusa
sensual de Fréya, que significa "concubina" e deram seu nome para o sexto dia da
semana, a Sexta-feira, ou "Friday". Ela era a regente ancestral dos deuses mais
velhos, ou Vanir e irmã de Fricka. Fréya era a mais bela e querida entre
todas as Deusas, que na Alemanha era identificada com Frigga. Ela nasceu em
Vaneheim, também era conhecida como Vana, a Deusa dos Vanes, ou como
Vanebride.Quando Fréya chegou a Asgard, os Deuses caíram apaixonados por
sua beleza e elegância que lhe concederam o reino de Folkvang e o Grande Palácio
de Sessrymnir, onde a Deusa podia acomodar todos os seus admiradores e os
espíritos dos guerreiros mortos nas batalhas.Fréya era filha de Njörd
(Deus do Mar) e da giganta Skadi (Senhora dos Invernos e Caçadora das
Montanhas). Tinha como irmão Freyr, que era o deus da paz e da prosperidade.
Pertencia a raça dos Vanes. Fréya e Frigga são consideradas dois
aspectos da Grande Deusa.Fréya é o aspecto donzela e Frigga o aspecto
materno. AS UNIÕES DE FRÉYAFréya por ser tão bonita,
despertou o amor de Deuses, Gigantes e Gnomos e todos tiveram a sua vez, para
tentar obtê-la como esposa. Porém, Fréya desdenhou os feios Gigantes, e
inclusive rechaçou a Thrym quando Loki e Thor a obrigaram a aceitá-lo como
marido. Entretanto, não era tão inflexível quando tratava-se dos Deuses, pois
como personificação da Terra, desposou: Odin (o Céu), Freyr (o irmão que
representa a chuva fertilizante), Odur (a luz do Sol), entre outros.Teve
muitos maridos e amantes, que aparentemente mereceu as acusações de Loki de ser
muito volúvel, pois havia amado e casado com muitos Deuses.O
COLAR MÁGICO E O MANTOComo Deusa da Beleza, Fréya, igual a todas as
mulheres, era apaixonada por vestidos e jóias preciosas. Um dia, enquanto se
encontrava em Svartalfrein, o reino debaixo da terra, viu quatro gnomos
fabricando um belo colar. Quando a Deusa o viu pela primeira vez, decidiu que
deveria ser seu, mas os gnomos não o queriam vender. No entanto, eles a
presenteariam com o colar se ela passasse uma noite com cada um deles. Sem
hesitar, Freya concordou e tornou-se proprietária de Brinsingamen (colar), um
poderoso equilíbrio da Serpente Midgard e um símbolo de fertilidade. Tais
atributos correspondem à Lua Cheia.O colar mágico que Freya usava foi
obra dos artesões conhecidos como Brisings: Allfrigg, Dvalin, Berling e Grerr.
A inveja e a cobiça de Odin por tal jóia e pelo meio através do
qual Fréya a obteve o levou a ordenar ao deus gigante Loki que roubasse o colar.
Para recuperá-lo, Fréya deveria concordar com uma obscura ordem de Odin: deveria
incitar a guerra entre reis e grandes exércitos para depois reencarnar os
guerreiros mortos para que lutassem novamente. Fréya também era
orgulhosa proprietária de um manto de plumas de falcão. Quando Fréya aparecia
envolta em seu manto de plumas de falcão e não usando nada a não ser seu colar
mágico de âmbar, ninguém podia resistir a ela. O manto de penas, lhe permitia
voar entre os mundos. Já o colar mágico da Deusa, tinha o dom de fazer
desaparecer os sentimentos dolorosos. Este colar se rompeu uma vez, segundo uma
lenda, por ira da Deusa ao tomar conhecimento de que um gigante havia roubado o
martelo de Thor e pedia sua mão para devolver a arma do Deus do
Trovão.RAINHA DAS VALQUÍRIASCom o nome de
Valfreya comandava as Valquírias nos campos de batalha, reclamando para si,
metade dos heróis mortos. Era representada portando escudo e lança, estando
somente a metade inferior de seu corpo vestida com o atavio solto habitual das
mulheres.Fréya transportava os mortos eleitos até Folkvang, onde
ram devidamente agasalhados. Ali eram bem-vindas também, todas as donzelas puras
e as esposas dos chefes, para que pudessem desfrutar da companhia de seus
amantes e esposos depois da morte.Os encantos e prazeres de sua morada
eram tão encantadores e sedutores que as as mulheres nórdicas, as vezes, corriam
para o meio da batalha quando seus amados eram mortos, com a esperança de terem
a mesma sorte, ou deixavam-se cair sobre suas espadas, ou ainda, ardiam
voluntariamente na mesma pira funerária em que queimavam os restos de seus
amados.Muito embora, Fréya seja regente da morte, Rainha das
Valquírias, as condutoras das almas dos mortos em combate, ela não era uma Deusa
atemorizadora, pois sua essência era o poder do amor e da sexualidade,
embelezando e enriquecendo a vida. Ela era ainda, a única que cultivava as maçãs
douradas de que se alimentavam os deuses lhes conferindo a graça da juventude
eterna.Como acreditava-se que Fréya escutava a oração dos apaixonados,
esses sempre a invocavam e era costume compor canções de amor em sua honra, as
quais eram cantadas em ocasiões festivas. Na Alemanha, seu nome era usado com o
significado do verbo "cortejar".Este aspecto da Deusa, também conhecida
como líder das Valquírias, a conecta à Lua
Nova.DEUSA-XAMÃÉ considerada ainda, a Deusa da magia e
da adivinhação. Ela era quem iniciava os deuses na arte da magia.A magia
de Freya era xamanística por natureza, como indica seu vestido ou manto de pele
de falcão, que permitia que se transformasse em um pássaro, viajasse para
qualquer dos mundos e retornasse com profecias. A Deusa, aliás, emprestou a Loki
a sua plumagem de falcão para que ele fosse libertar Idunn, a Deusa Guardiã da
Maçã da Juventude, raptada pelo gigante Thjazi, metamorfoseado em
águia.Os xamãs atuais julgam tal habilidade de efetuar viagens
astrais como necessárias para a previsão do futuro e para obter sabedoria. Entre
os nórdicos, esta habilidade presenteada por Freya, era chamada
Seidhr.ENCANTAMENTO SEIDHRSeidhr era uma forma mística
de magia, transe e adivinhação primariamente feminina. Apesar da tradição rezar
que as runas teriam se originado de Freya, e que fossem utilizadas por suas
sacerdotisas, a maior parte de Seidhr envolvia a prática de transmutação, viagem
do corpo astral através dos Nove Mundos, magia sexual, cura, maldição e outras
técnicas. Suas praticantes chamadas Volvas ou às vezes Seidkona, eram
sacerdotisas de Freya. Enquanto uma volva entrava em transe, outras sacerdotisas
entoavam canções especiais, chamadas "galdr". Era o uso do canto conjugado com a
repetição de poesias que era criado o estado alterado de consciência. As
volvas podiam inclusive entrar em contato com elfos e duendes. Eram consultadas
pelo povo sobre todos os tipos de problemas. As Volvas moviam-se
livremente de um clã ao outro. Elas não costumavam se casar, apesar de possuírem
muitos amantes. Essas mulheres portavam cajados com uma ponteira de bronze e
usavam capas, capuzes e luvas de pele de animais.As mulheres
pareciam ser as únicas praticantes do Seidhr de Freya, pois esse era um
ritual-erótico reservado as mulheres. Isso implica que esse prática datasse
provavelmente de época anterior à formação dos dogmas paternalistas e, portanto,
sem dúvida, de antes da androcratização dos mitos (os anos, divindades da
Fertilidade e da Proteção, são sobreviventes dessa época).Entretanto,
existem vestígios em poemas e prosas de que Seidhr fosse também praticado por
homens vestidos com roupas de mulheres. Odin, por exemplo, é a única deidade
masculina listada nos mitos a ter praticado este tipo de magia, como iniciado de
Freya. Vestir-se com roupas de sexo oposto é uma tradição realmente antiga que
tem suas raízes na crença de que um homem deve espiritualmente transformar-se em
uma mulher para servir a Deusa.FRÉYA E ODURFréya, como
personificação da Terra, casou-se com Odur, o símbolo do Sol de verão, a quem
ela amava muito e com o qual teve duas filhas: Hnoss e Gersimi. Essas donzelas
eram tão formosas que todas as coisas belas eram batizadas com seus
nomes.Enquanto Odur permaneceu ao seu lado, Fréya sempre estava
sorridente e era completamente feliz. Porém, cansado da vida sedentária, Odur
abandonou seu lar subitamente e se dedicou a vagar pelo mundo. Fréya, triste e
abandonada, chorou copiosamente e suas lágrimas caiam sobre as pedras
abrandando-as. Se dizia inclusive, que chegaram a introduzir-se no centro das
pedras, onde se transformavam em ouro. Outras lágrimas cairam no mar e foram
transformadas em âmbar.Cansada da sua condição de viúva de
marido vivo e desejosa de ter Odur novemente em seus braços, Fréya resolveu
empreender finalmente sua busca, atravessando terras, ficou conhecida por
diferentes nome como Mardel ("Luz sobre o Mar"), Horn ("Mulher linho"), Gefn ("A
Generosa"), Syr ("A Porca"), Skialf e Thrung, interrogando a todos que se
encontravam a um passo, sobre o paradeiro de seu marido e derramando tantas
lágrimas que em toda a parte o ouro era visto sobre a Terra.Muito longe,
ao sul, Fréya encontrou finalmente Odur, debaixo de uma florescente laranjeira,
árvore prometida aos apaixonados.De mãos dadas, Odur e Fréya
empreenderam o caminho de volta para casa e à luz de tanta felicidade, as ervas
cresceram verdes, as flores brotaram, os pássaros cantaram, pois toda a natureza
era simpatizante com a alegria de Fréya como se afligia quando se encontrava
triste.As mais belas plantas e flores do Norte eram chamadas de
cabelos de Fréya, as gotas de orvalho de olho de Fréya. Também dizia-se que a
Deusa tinha um afeto especial pelas fadas, gostava de observá-las quando
dançavam à luz da Lua e para elas reservava as mais delicadas flores e o mais
doce dos mel.Odur, o marido de Fréya, era considerado a personificação
do Sol e também um símbolo da paixão e dos embriagantes prazeres do amor, por
isso, esse povo antigo, declarava que não era de estranhar que sua esposa não
conseguira ser feliz sem ele,Esta Deusa era também, protetora do
matrimônio e dos recém-nascidos.DEUSA DA FERTILIDADE E DOS
GATOSFréya, Deusa da Fertilidade, da Guerra e da Riqueza, viveu em
Folkvang (campo de batalha) e possuía a habilidade de voar, o que fazia com uma
charrete puxada por dois gatos brancos: Bygul (cabeça de ouro) e Trjegul (árvore
do âmbar dourado). Após servirem a Deusa por 7 anos, eles foram recompensados
sendo transformados em bruxas, disfarçadas em gatos pretos. Os gatos
eram os animais favoritos da Deusa Fréya,considerados símbolos de carinho e
sensualidade, ou da personificação da fertilidade.Freya é
portanto, uma Deusa associada aos gatos, tal qual a egípcia Bast e à grega
Àrtemis Além disso, tinha poderes de se transmutar e era a Sábia que inspirou
toda a poesia sagrada. Mulheres sábias, videntes, senhoras das runas e
curandeiras estavam intimamente conectadas com Freya, pois só ela era a Deusa da
magia, bruxaria e dos assuntos amorosos.Algumas vezes, foi representada
conduzindo junto com o irmão Freyr uma carruagem conduzida por uma javali de
cerdas de ouro, espalhando, com suas mãos pródigas, frutas e flores para alegrar
os corações da humanidade.FRÉYA, A DEUSA-JAVALIComo
Deusa da Batalha, Fréya montava um javali chamado de Hildisvín. O sobrenome de
Fréya era "Syr", que significa "porca".O javali tem associações
especiais dentro da mitologia nórdica. Como Deusa-Javali, ou Deusa-Porca Fréya
está associada entre os nórdicos como entre os germanos e os celtas, a práticas
sexuais proibidas (em particular o incesto entre irmão e irmã, representado pelo
par Freyr-Fréya), muitas vezes ligadas às celebrações da primavera e da
renovação: durante essa cerimônia realizava-se o acasalamento ritual de um
sacerdote com uma sacerdotisa, considerados como o Senhor Freyr e a Senhora
Fréya. Esse rito sexual, do qual existia uma equivalência entre os celtas,
sobreviveu, principalmente na Inglaterra, na forma, muito atenuada, de coroar um
rei e uma rainha de Mai (a tradição dos mais, dos trimazos ou da árvore de mai,
corrente na França ainda há não muito tempo, teve origem
semelhante).O javali era também o animal sagrado de Freyr, o
Deus fálico da Fertilidade e era sacrificado à ele como oferenda no ano novo, de
modo a garantir prosperidade nos doze meses seguintes. Daí surgiu o costume, que
chegou até nossos dias, de comermos carne de porco na virada do ano.O
costume da cabeça de javali ou porco na mesa de Natal, com uma maçã à boca,
também remonta diretamente aos ritos consagrados a Freyr. Sacrificava-se a ele
um porco ou javali por ocasião do "Feöblot" ("sacrifício a Freyr"), que se
realizava durante o "Jul" (ciclo de doze dias no solstício de inverno), porque o
Deus tinha como atributo um javali de cerdas de ouro, chamado Gullinbursti, o
qual também lhe servia, ocasionalmente, de montaria.O javali, na
mitologia celta, é símbolo do poder espiritual inacessível e foi perseguido por
Artur, que representava o poder temporal e guerreiro.A HISTÓRIA
DE FRÉYA E OTTAROs nórdicos não só invocavam Fréya para obter êxito no
amor, prosperidade e crescimento, mas sim também, em certas ocasiões, para obter
ajuda e proteção. Ela concedia à todos que a serviam fielmente, como aparece na
história de Ottar e Angantyr, dois homens que, após discutirem durante algum
tempo direitos de propriedade, expuseram sua disputa ante os Deuses. A
assembléia popular decretou que o homem que pudesse provar a descendência de
estirpe mais nobre e mais extensa, seria declarado vencedor, sendo designado um
dia especial para ser investigada a genealogia de cada
demandante.Ottar, incapaz de recordar o nome de seus
antepassados, ofereceu sacrifício a Fréya, rogando por sua ajuda. A Deusa
escutou indulgentemente sua oração e, aparecendo diante dele, o transformou em
um javali e sobre o seu lombo cavalgou até a morada da feiticeira Hyndla, uma
célebre bruxa. Com ameaças e súplicas, Fréya exigiu que a anciã traçasse a
genealogia de Ottar até Odin e nomeasse cada indivíduo por seu nome, com o
resumo de suas façanhas. Então, temendo pela memória de seu devoto, Fréya também
exigiu a Hundla que preparasse uma poção de recordação, a qual deu a ele para
beber.Assim preparada, Ottar apresentou-se ante a assembléia no dia
marcado e com facilidade recitou sua linhagem, nominado os muitos mais
antepassados de que Angantyr pode recordar, por isso foi facilmente recompensado
com a garantia de posse da propriedade em questão.DEUSA-LÍDER
DAS DISIRDentro das tradições dos antigos povos nórdicos, a Deusa Fréya
era uma das líderes dentro do matriarcado das Deusas, o que lhe rendia vários
cultos, principalmente na Suécia e na Noruega, onde era venerada como a "Grande
Dis". O Disirblot, era um festival celebrado anualmente no início de
inverno nórdico em honra a Deusa Fréya e as Disir. Durante a comemoração era
servido cerveja, porco, maçãs e cevada.Todos os festivais nórdicos eram
denominados de "blots" e contava com o comparecimento de toda a
comunidade.Seu culto tinha caráter erótico e orgiástico,
associado sempre com a luxúria, o amor e a beleza.As ancestrais
femininas Disir eram descritas como nove mulheres vestidas de preto ou branco,
carregando espadas. Nove é um número lunar e é considerado pelos nórdicos como
um dos mais misteriosos e sagrados números. As Disir estão também associadas as
Valquírias e as Norns. Elas traziam sorte, mas também eram famosas por suas
adivinhações, principalmente quando envolvia justiça
cármica.Conectar-se com as Disir é muito eficaz para aumento de
auto-estima e poder pessoal. Todos os rituais de invocação dessas sacerdotisas
devem ser realizados na lua cheia.Os templos dedicados a Deusa Fréya
eram muito numerosos e foram mantidos durante muito tempo por seus devotos, o
último em Magdeburgo, na Alemanha, foi destruído por ordem do Imperador Carlos
Magno.CULTO À FREYAEra costume serem realizadas ocasiões
solenes ou festivais para beber e honrar a Deusa Fréya junto com outros Deuses,
mas com o advento do cristianismo se introduziu no Norte, iguais comemorações
foram transladadas para a Virgem ou a Santa Gerturdes. A mesma Fréya, como todas
as divindades pagãs, foi declarada como demônio ou uma bruxa e desterrada aos
picos das montanhas norueguesas, suecas e alemãs. Como a andorinha, o cuco e o
gato era umm animais sagrados para Fréya nos tempos pagãos, acreditou-se que
essas criaturas tinham qualidades demoníacas,e inclusive nos dias atuais se
representa as bruxas com gatos pretos ao seu lado.ARQUÉTIPO DA
TERRAFRÉYA como arquétipo da Terra é a "Mãe Escura" que através de seu
útero cria todas as coisas vivas. Já na qualidade de "Mãe Terrível", ela devora
tudo que nasce de volta para o seu ventre.Seu útero de morte é um
estômago devorador de carne humana, o escuro abismo de tudo que vive. É o sangue
do guerreiro que a alimenta e é por isso, que a Deusa exige oferendas de sangue
vivo para ser saciada.Os instintos de agressão e sexualidade, o amor e a
morte, estão todos inseparavelmente unidos a Deusa Fréya. Isso porque, a
fecundidade dos seres vivos está baseada no instinto que os impele ao sexo, mas
toda a vida também depende do alimento e esse, do ato de dominar e devorar a
presa.De igual forma, a psique humana, quando projeta-se para o
inconsciente, encontrará nele a unidade de um útero escuro (a terra interior),
no qual criaturas se devoram e se geram. A terra está viva dentro do
inconsciente do homem e é a Grande Mãe, em oposição ao princípio masculino
patriarcal.O simbolismo matriarcal é perigosamente pagão aos
olhos do patriarcado, pois a terra foi amaldiçoada como sendo a quintessência do
mal, pelo mundo patriarcal, dominado pelo Céu. O patriarcado despedaçou a
humanidade, tornando-a uma parte superior e outra inferior, não deixando margem
para reconciliação entre ambas.A visão patriarcal tentou varrer de volta
para o útero (inconsciente), todo o elemento titânico do mundo matriarcal e
acredita que teria vencido esse dragão colocando o pé sobre sua cabeça.
Entretanto, mesmo assim a humanidade seguiu matando e assassinando, entregue ao
próprio inconsciente, encontrando desculpas e justificativas sagradas para tais
feitos. Dessa vez, não foram as Deusas, mas sim o Deus único e Todo-Poderoso que
exigiu essas ações. As guerras travadas nesses casos, foram então consideradas
guerras santas.A grande verdade é que não necessitamos de
ilusões enganadoras para percebermos os instintos agressivos de dentro de nós. O
correto é não culpar Deusas ou Deus e reconhecermos essa força impulsionadora em
nós como algo esmagador, que ainda não foi descoberta a cura, mas que é uma
doença, que nada tem a ver com "sagrada".A submissão à escuridão, a
aceitação dos aspectos negativos de "anima" (princípios femininos) e "animus"
(princípios masculinos), a sensibilidade e o instinto perante à natureza e a
assimilação do inconsciente no sentido da integração da personalidade, são
algumas das expressões mais significativas para o desenvolvimento psíquico do
homem atual.A nossa Terra Interior é antes de tudo, uma Terra criativa,
que não apenas produz e engole a vida, mas que também transforma, porque permite
que tudo aquilo que morreu seja ressuscitado e trás para o exterior o mais
elevado.ENCONTRANDO-SE COM FRÉYAFréya chega em nossas
vidas para ajudar-nos a respeitar nossa sexualidade. Está mais que na hora de
você se ligar a esta energia vital, primordial e revigorante e expressá-la,
tenha ou não parceiro.Trata-se de estar plenamente presente no
corpo e sentir a energia vibrante e elétrica de seus órgãos sexuais e usá-la
para animar todo o seu ser.Você tem medo de sua sexualidade? As
advertências que recebeu na infância e adolescência a impedem de explorá-la?
Você acha que o sexo exige parceiro e que, se não estiver com alguém, não pode
desfrutar sua sexualidade? Fréya diz que quando se vive a sexualidade, todos nós
nos abrimos para a energia dinâmica que flui em toda a criação. Quando você a
exclui, limita suas possibilidades de entrar em contato com a energia da Deusa,
que lhe trará mais vitalidade. No caminho à totalidade devem ser incluídos todos
os aspectos, mas principalmente a sexualidade.RITUAL DE AMOR COM
OS ELEMENTOSComece este ritual em pé, ao ar livre e onde
não possa ser perturbada. Feche os olhos, inspire e expire profundamente,
desapegando-se de tudo o que for necessário. Faça outra inspiração profunda e
demorada.Visualize então um círculo. Vá para o leste. O leste é o lugar
do elemento ar. Com suas próprias palavras convide o ar para brincar com você.
Sinta-o acariciar a sua pele, tocando-a suavemente. Entregue o corpo às
sensações que surgirem. Deixe que o prazer se expanda para todo o corpo. Não
tenha pressa, fique deste modo o tempo que desejar.Agora vá para o sul,
o lugar do fogo. Convide o fogo para brincar com você. Sinta o calor do sol e a
vibração deste calor em sua pele. Sentirá então, o calor espalhar-se por todo
seu corpo. Inspire e sinta a delícia provocada pelo calor do sol e deixe-se
irradiar como fogo. Não se apresse, vivencie tudo com muita calma.Vá
para o oeste, o lugar da água. Convide-a para brincar com você. Sinta a água
escorrer por sua pele, acariciando-a com sua umidade. Sinta o prazer que ela lhe
proporciona. Deixe a água envolvê-la. Inspire a sensação da água. Não se
apresse.Vá para o norte, o lugar da terra. Convide-a para brincar com
você. Pegue a lama e espalhe por seu corpo com respeito, com apreço, respeitando
a intenção de proporcionar sensações agradáveis. Espalhe uma camada farta do
amor que a terra tem por você em seu corpo. Aproveite este momento. Não hesite
em vivenciar tudo o que vier à tona.Agora inspire toda a energia que
criou durante o seu relacionamento amoroso com os elementos. Saiba que é você
que está no comando de sua sexualidade e, somente você é responsável por atender
às suas necessidades.Quando estiver pronta, respire fundo e abra os
olhos. Volte para o aqui e agora e agradeça a Fréya pela dádiva desta
experiência.Texto pesquisado e desenvolvido porRosane
Volpatto

Deusa Têmis - deusa grega da justiça


Têmis era a deusa grega
guardiã dos juramentos dos homens e da lei, sendo que era costumeiro invocá-la
nos julgamentos perante os magistrados. Por isso, foi por vezes tida como deusa
da justiça, título atribuído na realidade a Diké.Têmis empunha a balança,
com que equilibra a razão com o julgamento, e/ou uma cornucópia; mas não é
representada segurando uma espada. Tinha três filhas: Eumônia - a Disciplina,
Diké - a Justiça, e Eiriné - a Paz. Foi ela que fez da sua filha Diké (ou
Astraea), que viveu junto aos homens na Idade do Ouro, Deusa da
Justiça.Têmis é filha de Gaia e Urano e pertence, portanto, ao mundo
pré-olímpico dos Titãs, do qual ela, Leto e outras Titânides aparecem mais tarde
entre os olímpicos. Seu nome significa “aquela que é posta, colocada”. Sua
equivalente romana era a Deusa Justitia.Têmis quando ainda criança, foi
entregue por Gaia, aos cuidados de Nix, que acabara de Gerar Nêmesis. O objetivo
de Gaia era proteger Têmis do enlouquecimento de Urano. Porém Nix estava
cansada, pois gerara incessantemente seus filhos. Então Nix entrega sua filha
Nêmesis, e a sobrinha Têmis aos cuidados de suas mais velhas filhas, as Deusas
Moiras ( Cloto, Laquésis e Atropo).As Moiras criam as duas Deusas infantes,
e lhes ensina tudo sobre a ordem cósmica e natural das coisas; e a importância
de zelar pelo equilíbrio. As Moiras são as Deusas do destino, tanto dos homens;
quanto dos Deuses e suas decisões não podem ser transgredidas por ninguém. Desta
criação, vimos à origem das semelhanças das duas lindas e poderosas Deusas
criadas como irmãs, Têmis a Deusa da justiça e Nêmesis a Deusa da
retribuição.Filha de Urano e de Gaia, era, portanto, uma Titã. Foi à segunda
esposa de Zeus, sentava-se ao lado de seu trono, pois era sua conselheira.
Considerada, para a mitologia, a personificação da Ordem e do Direito divino,
ratificados pelo Costume e pela Lei.Inicialmente, Têmis era representada
como uma divindade de olhar austero, seus olhos ainda não eram vendados e
segurava uma balança em uma das mãos, o que, até hoje simboliza o equilíbrio
entre as partes envolvidas em uma relação de Direito.A imagem da Têmis, como
conhecemos hoje, passou a ter a venda nos olhos por criação de artistas alemães
do século XVI. Citada faixa simboliza imparcialidade, quer dizer que a Têmis,
por ser a própria exteriorização da Justiça, não vê diferenças entre as partes
em litígio, sejam ricos ou pobres, poderosos ou humildes, grandes ou pequenos.
Suas decisões, justas e prudentes, não são fundamentadas na personalidade, nas
qualidades das pessoas ou, ainda, no seu poder, mas apenas, na sabedoria das
leis.Outros símbolos: a lâmpada, a manjerona e “pudenda muliebria”. O
significado da manjerona é sexual e tem ligação com a fertilidade. Esta planta
misteriosa é uma planta lunar e tem ligação com a influência fertilizadora da
Lua sobre a Terra. Mas a manjerona também tem ligação direta com outro emblema
de Têmis, “pudenda muliebria”, que vincula a Deusa à fertilidade e à
sexualidade, de modo direto e inequívoco. Sabe-se que havia orgias vinculadas ao
culto de Têmis e certamente, estes ritos eram de natureza sexual.Têmis não
representa a matéria em si, como sua mãe Gaia, mas uma qualidade da terra, ou
seja, sua estabilidade, solidez e imobilidade. Ela é uma deusa que falava com os
homens através dos oráculos. O mais famoso de todos os templos oraculares da
Grécia Antiga, Delfos, pertencia originalmente a Gaia, que o passou a filha
Têmis. Depois disso, ele foi de Febe e só no fim foi habitado por Apolo. Há
pesquisadores que afirmam, no entanto, que Têmis é o próprio princípio oracular,
de modo que, em vez de ter havido quatro estágios de ocupação do oráculo Delfos,
foram só três: Gaia-Têmis, Febe-Têmis e Apolo-Têmis. Portanto, Têmis tinha
máxima ligação com a questão das previsões oraculares e, no fundo, representa a
boca oracular da terra, a própria voz da Terra, ou seja, Têmis é a terra
falando.Quando o titã Prometeu foi acorrentado ao Monte Cáucaso, Têmis
profetizou que ele seria libertado. Sua profecia se concretizou quando Héracles
(ou Hércules) salvou-o do seu castigo. Foi Têmis quem alertou Zeus que o filho
de Tétis seria uma ameaça a seu pai.Ajudou Deucalião e Pirra a formar a
humanidade após o dilúvio enviado como castigo por Zeus, profetizando que ambos
deveriam “jogar os ossos de sua mãe para trás das costas”. Pirra ficou temerosa
de cometer algum sacrilégio ao profanar os ossos de sua mãe, não captando o
sentido da profecia. Deucalião, porém, entendeu tratar-se de pedras os ossos da
deusa-Terra, mãe de todos os seres. Assim ele atirou pedras para trás e delas
surgiram homens.Os oráculos dados por Têmis, não profetizavam só o futuro,
mas eram ainda, mandamentos das leis da natureza às quais os homens deveriam
obedecer. A Deusa nos fala de uma ordem e de uma lei naturais que precedem as
noções culturalmente condicionadas da organização e das regras derivadas das
necessidades de uma sociedade.Entretanto, nos cultos à Têmis eram celebrados
os “mistérios” ou “orgias”, emprestando-lhe a visão que ela era uma Deusa
genuína, e não uma simples personificação da idéia abstrata de legalidade. Têmis
é a Deusa oracular da Terra, ela defende e fala em nome da Terra, do
enraizamento da humanidade em uma inabalável ordem natural.Um dos atributos
de Têmis é sua grande beleza, além do poder de atração de sua dignidade. Sua
atratividade física é confirmada pelo mito em que Zeus a persegue com seu estilo
desenfreado e, finalmente, a desposa. [Em outra versão após Zeus devorar Métis
grávida, as Moiras levam Têmis até] Zeus para se tornar a segunda esposa de
Zeus, e as Moiras profetizam que Zeus precisa e tem muito a aprender com Têmis,
que é tão sábia quanto Métis.Seu mais ardente adversário no Olimpo foi Ares,
o deus da guerra cujo o apetite por violência e sede de sangue não conhecia
limites. Não porque Têmis fosse contra a guerra, mas agia com motivos de ordem
ambiental, pois a guerra reduziria a população humana. Na qualidade de mãe das
Horas (e pai Zeus), Têmis está também por trás da progressão ordenada do tempo
na natureza. As Horas representavam à ordenação natural do cosmo: inverno e
depois primavera, dia depois à noite, uma hora após a outra.

Frigga, a Deusa escandinava do Amor


Frigga, deusa escandiva no amor
FRIGGA, DEUSA DO AMORFrigga é a Deusa escandinava da fertilidade da terra, protetora das
famílias e das tribos. Seu nome significa "Aquela que ama" e é conhecida pelos
nomes: Frigg, Frige, Frija, Fricka, Frea, Frewa, Fruwa, Hlin, Hlyn, e Lin.
Vrou-elde era o nome holandês dela. Como esposa de Odin, mãe de Baldur (o Deus
da Primavera e do Renascimento ou da Regeneração), Frigga era a Suprema Deusa
Mãe dos Deuses Aesir, dinastia dos Deuses do céu indo-europeu e filha de
Fjorgyn. Frigga era a Deusa do Amor, da União e do Destino.
Contava-se que em um salão de seu palácio em Fensalir, em um dos mundos míticos
germânicos, havia um grande tear onde as Norns, as Senhoras do Destino,
enrolavam cordões para que Frigga pudesse tecer tanto o destino dos homens,
quanto as nuvens do céu. Esta atribuição associava esta Deusa também a rios,
cachoeiras e água doce. Fensalir era o local onde as almas dos cônjuges que
tinham sido fiéis um ao outro se reuniam após a morte, para nunca mais se
separarem. Uma estrela da Contelação de Órion é chamada de "Friggajar Rockr", em
sua homenagem. O fuso é um poderoso símbolo que representa a sabedoria,
a virtude e a indústria feminina. A tecelagem, para os vikings, foi uma
importante fonte de renda que enfatizava o poder das mulheres na tradição pagã.
Nas mãos de Frigga e das Norns, o fuso transformou-se em uma poderosa arma
mágica. Os vikings acreditavam que ela conhecia o destino dos homens, em virtude
desta sua ligação com as Norns. Na maioria das vezes, Frigga se
apresentava como uma mulher vestida com penas de falcões e gaviões, podendo
ainda, viajar na forma de um desses pássaros. Frigga está
associada ao início do Ano Novo. A noite mais longa o ano era dedicada à esta
Deusa. Todas as mulheres grávidas invocavam Frigga, acendendo uma vela branca,
nas festividades do Solstício de Inverno, para terem um parto seguro. Pode ser
invocada também, para ajudar em toda as coisas relacionadas com os ofícios de
tear, cozinhar, costurar, e também para proteger as crianças. É ela ainda, que
estabelece ligação com nossos antepassados. Os detalhes de sua adoração ficaram
perdidos quando foi instituído o feudalismo. Frigga aparece somente em alguns
registros do folclore alemão, onde sobreviveu como Frau Holda. As Deusas Holda,
Percht e Berchte são muito similares a Frigga. Como Deusa
das mulheres, Frigga era considerada a Padroeira do Matrimônio e Deusa da
Fertilidade. Neste aspecto está associada a Deusa Hera grega, que também era uma
feroz protetora das uniões conjugais. Assim como Hera, Frigga é casada com o
Deus Supremo de sua religião. Diferem entretanto, no que diz respeito a
fidelidade. As Deusas escandinavas não eram necessariamente fiéis, pois
estavam em pé de igualdade com o homem. Além disso, o adultério não era encarado
com o aspecto de total imoralidade, como em nossos dias. As mulheres nórdicas
que não traiam seus maridos, não tinham respaldo em códigos morais, mas alegavam
que os amavam verdadeiramente. A base de tais conceitos está fundamentada na
origem da criação. Para os nórdicos, toda energia masculina derivava da Deusa,
ou energia feminina. A Fêmea é aquela que dá luz e o invólucro da criação.
Dentro desse contexto, todas as coisas, inclusive o homem de sexo masculino, vêm
da Mãe de Todas as Coisas. É exatamente o oposto do conceito cristão de Adão e
Eva, onde Deus moldou Eva a partir da costela de Adão. A mulher
primitiva era não tida como pecadora e podia-se unir-se sem culpa, a quantos
homens desejasse. O amor era bom enquanto durasse, não era uma instituição e sim
uma união que só se fortalecia se houvesse um sentimento maior. Frigga
teve uma união bem-sucedida com Odin, tanto que dividiu seu trono, chamado
Hildskjalf, com ele e de onde podia ver os nove mundos. Entretanto, dividia sua
cama com Vili e Ve, irmãos de Odin, quando este último saía em jornadas fora de
Asgard. O adultério era desculpado pelos nórdicos, mas condenado pelos gregos.
Frigga era considerada como a Deusa defensora da paz. Eram
às mulheres que cabia o papel de intermediadoras e promotoras da paz. O
culto à Frigga era base para todas as uniões legais entre homens e mulheres e a
base para todos os códigos morais da sociedade germânica. Por esta razão, os
seguidores de Frigga eram considerados mediadores, ou primitivos advogados que
ocupavam uma posição elevada, honrada e respeitada pela comunidade. Para eles, a
lealdade e a família vinham em primeiro lugar, seguido pelos amigos do clã, o
Senhor e o Rei. Quebrar um juramento, naquela época levava o indivíduo à morte
ou banimento pela sociedade. O banimento era considerado uma morte lenta e
tortuosa, pois o indivíduo era deixado só em uma região totalmente isolada de
muito frio e neve, sem nenhum alimento. Esta Deusa do Amor
era também versada na arte da magia e profecias Foi ela que introduziu as runas
como instrumentos de adivinhação. Runas são pedras grafadas com símbolos, que
nos permite encontrar respostas para um futuro incerto. Mas para a Deusa, esta
habilidade de prever o futuro lhe trouxe muita dor quando previu a morte de seu
filho Balder. E, mesmo sabendo que não poderia mudar o destino, viajou por todos
os lugares pedindo aos seres que nunca fizessem mal ao seu amado filho.
Balder, entretanto, não poderia ser ferido ou morto, a não ser pelo
veneno de um visco. Então, Loki, que invejava a beleza e juventude de Balder,
portador desta confissão, pois aproximou-se em segredo, disfarçado de mulher,
encontrou um pouco de visco e fabricou um jogo de dardos com ele. Foi então até
uma reunião dos Deuses e convencer Holdur, um deus cego (irmão de Balder) a
arremessá-los contra Balder, que morreu. Todos os Deuses e Frigga choraram a sua
perda. Sua mãe tentou negociar com Hel, a Rainha do Mundo dos Mortos, para
trazer seu filho de volta, mas tudo foi em vão. O tempo
passou e tudo começou a estagnar-se. O Lobo Fenris se libertou de seus grilhões
e devorou o Sol. A árvore do mundo, Yggdrasil, tremeu das raízes a copa.
Montanhas afundaram no mar e todo o país tremeu. Um longo inverno se seguiu,
trazendo a fome e a libertação dos gigantes do gelo que devastaram o mundo.
Odin uniu-se às Valquírias e os poderosos Deuses do Aesir para combater
Fenris e estabelecer a ordem. Vencendo a batalha, finalmente a terra renasceu do
mar, o Sol reapareceu no céu e Baldur ressuscitou dos mortos para governar os
novos tempos. Dois mortais que sobreviveram escondidos nos galhos da árvore do
mundo povoaram a Terra e novas colinas ergueram-se dos mares. A natureza
tornou-se viva e florescente através das bençãos de Frigga, a Deusa da
Fertilidade e do Amor. Frigga possuía onze ajudantes: Fulla,
Hlin, Gna, Vjofn, Lofn, Syn, Gefjon, Snotra, Eira, Vara e Vor, que lhes
auxiliavam em sua missão de zelar pelo casamento e pela ordem social. A
mensageira de Frigga é Gna, que monta o cavalo Hofvarpnir através dos céus.
Vjofn tinha a tarefa de apazigüar as brigas domésticas. Lofn auxiliava os
amantes na procura de um amor. Syn (vidente) era a guardiã do Palácio de Frigga.
Eira era a curadora, tinha conhecimento do poder das ervas e as manipulava no
fabrico de remédios. Vara era a juíza e o carrasco daqueles que não cumpriam com
sua palavra. Snotra era a virtude, encarregada do aquivamento de todas as
coisas. Vor era os olhos de Frigga que podiam ver o futuro e que observava de
perto o que acontecia no mundo dos homens. É interessante
acrescentar que Frigga é uma Deusa muito antiga, com fortes conexões com a
Terra. O controle da natureza exercido por Frigga é claramente visualizado
quando ela pede para que toda a criação não prejudique seu filho Baldur e quando
tudo ganha nova vida com suas bençãos. Invoque Frigga para:
fertilidade, proteção, saúde, sabedoria, a paixão, a magia sexual, liberdade
sexual, mágica do nó, durante o parto, para proteger sua casa, encontrar um nome
para uma criança que está para nascer e para saber do passado, presente e
futuro. Sexta-feira é o dia mais propício e poderoso para a invocação de Frigga.
Os animais consagrados à esta Deusa são: o ganso, o gato, o
porco, o pardal e o cavalo. Frigga é a expressão mais
moderna das Deusas Antigas. Ela está mais perto da humanidade e dos interesses
humanos porque é a Deusa da Ordem Social e das Relações Sociais. É Ela que tece
a teia da sociedade e dá forma à humanidade. O que seria do nosso mundo sem
relacionamentos sociais? Frigga chega em nossas vidas para
nos dizer que uma única verdade de nada se aproxima da sabedoria. Só alcançamos
a sabedoria quando nos aproximamos de múltiplas verdades e possamos nos integrar
à elas. Uma moeda tem dois lados, já a verdade é multifacetada. Pegue
sua vara de pescar e dirija-se ao mar ou a um rio. Sente-se confortavelmente,
coloque a linha na água e quando os peixes começarem a surgir, imagine-os como
verdades que devem ser trabalhadas. Peça a Frigga que o(a) oriente na busca das
verdades que você necessita para melhorar seus relacionamentos e, boa sorte em
sua pescaria! RITUAL DE FRIGGA PARA PROTEÇÃO Esse ritual
invocará a proteção da Deusa Frigga durante todo o ano. Para fazê-lo, deve
semear em seu jardim ou em um vaso si não possuir um pátio. As melhores sementes
para esse ritual são as de Tanaceto (Tanacetum parthenium), já que essa erva
simboliza a proteção e são de fácil cultivo. No entanto, pode escolher qualquer
outra planta. Cave o solo cuidadosamente, verificando se o
solo está livre de ervas daninhas. Enterre as sementes fazendo a forma de uma
runa nórdica que significa proteção. A forma é de um "Y"
maiúsculo, porém com um traço central contínuo, como mostra a figura acima, de
maneira que o símbolo três pontas assinalando até o alto. Enquanto espalha as
sementes na terra diga: -"Deusa Frigga, de igual modo que essas sementes
cresceram altas e fortes, proteja-me durante todo o ano". Trate suas
ervas cuidadosamente, recortando-as e arrancando qualquer que cresça fora do
formato da runa. No final do outono, recolha algumas sementes, para que possa
repetir o ritual no próximo ano, porém não é preciso arrancar a planta para
voltar a fazer o ritual na primavera. RITUAL PARA ATRAIR A BOA SORTE
A Deusa Frigga, muitas vezes era representada, como uma
mulher alta e elegante, que carregava um molho de chaves em seu cinturão. Para
esse ritual você precisará de uma chave antiga que não tenha fechadura. Você
comprá-la em alguma casa que venda objetos usados ou adquira uma nova em um
chaveiro próximo de sua casa. Escolha, se possivel uma de metal brilhante ou de
bronze, mas nunca de ferro. Limpe-a e a deixe o mais reluzente que conseguir.
Para na entrada da sua porta principal, olhando para dentro da casa,
coloque a chave em sua mão direita e estendendo-a à frente diga: -"Deusa
Frigga, coloque toda a energia da prosperidade e da boa sorte nessa chave, de
maneira que sempre esteja comigo". Agora caminhe por todas as peças da casa,
sustentado a chave em sua mão e em frente a você. Toque todos os seus
objetos pessoais com sua chave, como sua cama para ter sorte em seus
relacionamentos, o telefone para receber sempre boas notícias de amigos,
negócios ou estudos e assim, toque em tudo que signifique algo para você. Quando
terminar o ritual, coloque a chave em um gancho sobre a porta principal e a
mantenha sempre limpa e brilhante. Texto pesquisado e
desenvolvido por Rosane Volpatto

Morgana e a Magia da Vida

Morgana e magia da vida
Morgana possuiu muitos nomes e é a representação
da energia mítica das mulheres. Possui também, múltiplas facetas, é o arquétipo
da Deusa-Lua e da Mulher Eterna; é Mãe, amante e filha; é Senhora da Vida e da
Morte. Foi associada inclusive à rios, lagos, cachoeiras, magia, noite, vingança
e profecias. Hoje, a maioria das bruxas invocam o nome de Morgana e
praticam magia para ela. Ela pode ser uma enorme aliada para as mulheres que
reivindicam os poderes de feminilidade que emergem apenas em pesadelos à noite,
mulheres que buscam a reafirmação de que é certo exercitar se poder de Fada, de
serem capazes de passar de um mundo para o outro.Quando nos aliarmos
com Morgana, quando nos abandonarmos totalmente, com a maior confiança ao seu
mundo feérico, nos aliaremos também com a vida, com a magia da vida e o amor
infinito que ela contem.Aliar-se com Morgana é aliar-se com a melhor
parte de nós mesmos! Morgana chega para despertar sua atenção para a
independência. Você depende de outra pessoa até para respirar? Pois saiba que se
plantarmos uma árvore lado a lado elas se asfixiarão. O que cresce necessita de
espaço, talvez um pequeno espaço para se exalar o perfume da rosa. Kahlil Gibran
diz:"Deixai que haja espaço em vossa união. Deixai que os ventos
dos céus dancem entre vós." O espaço permite que a diversidade
encontre ritmo e contorno. Você desperdiça sua vitalidade focalizando os
problemas dos outros, relegando os seus para um segundo plano? Você move-se com
o rebanho sem exprimir suas idéias ou opiniões?Morgana pede para
que você, pare, reflita e dimensione suas potencialidades, tentando se libertar
de todas suas dependências físicas e psíquicas. É hora de mudar o ritmo!
Morgana, a fada, chegou dançando à sua vida com seus tambores e sua magia para
convidá-la a descobrir e viver seus ritmos. Talvez você
nunca tenha descoberto seu ritmo porque você agradar àqueles com quem convive.
Mas é de vital importância que você tenha seu próprio ritmo. Fluir com ele lhe
dará mais energias, porque você deixará de reprimir o que lhe é natural. Morgana
diz que a vitalidade, a saúde e a totalidade são cultivadas quando você flui com
sua pulsação única.

Tara Branca e Tara verde


TARA
Até os primeiros anos da era cristã, o princípio masculino
reinava, supremo e tranqüilo, tanto no budismo quanto no bramanismo. As
divindades hindus, herdadas e assumidas pelo budismo, eram quase que
exclusivamente masculinas. Os budas e bodhisattas, pertencentes ao budismo
Mahayana em seus primórdios eram quase inteiramente masculinos. As
primeiras divindades femininas a aparecer no budismo Mahayana foram Tara e
Prajnaparamita. Tara, a Salvadora, aparecendo no século II, representa a
epifania da Grande Mãe cujo culto se estendeu, em tempos antigos, sobre o vasto
território afro-egeu-asiático e sempre foi adorada pela camada pré-ariana da
população da Índia. Foi durante o primeiro milênio da era cristã, que os
ensinamentos místicos ocultos do tantrismo se espalharam pela índia, obliterando
muitas das diferenças entre o hinduísmo e o budismo. Muitas divindades hindus
foram incluídas no panteão budista como bodhisattvas e dharmapalas (Defensores
da Doutrina). No posterior budismo tântrico, especialmente o Vjarayana
(Caminho do Diamante), que sobreviveu apenas no Tibete, cada divindade masculina
foi presenteada com uma parceira feminina, como no hinduísmo, mas os
significados filosóficos são diferentes. No hinduísmo, a divindade feminina
representa a parceira ativa, a shakti (poder ou energia), do Senhor Shiva, que
sem ela teria permanecido no sono profundo do Absoluto. O budismo reverte esses
papéis de acordo com a filosofia mística do Prajnaparamita (discursos do Buda).
A divindade feminina não é shakti, mas prajna (sabedoria), que é identificada
como "shunya" a Vacuidade. Prajna é o que concorda, o passivo, o contemplativo.
Os Budas e as divindades masculinas são os parceiros ativos, simbolizando karma
(compaixão) e upaya (método ou habilidades), as características fundamentais de
um bodhisatta. A união mística das dualidades do mundo e especialmente a
união inseparável da sabedoria, o princípio feminino, e da compaixão, o
princípio masculino, é vivamente simbolizada na arte e no ritual tibetanos, de
forma mais forte talvez pelo vjara e pelo sino, e também pelo abraço sagrado das
divindades, chamadas em tibetano de yab-yum (pai-mãe). Com o auxílio desses
símbolos, o adepto da meditação transcende as dualidades dentro de sua própria
natureza. A síntese final entre compaixão e sabedoria leva à percepção do
Absoluto.
NASCIMENTO DE TARA
Se conta, que Avalokiteshavara, o Buda da Compaixão, que em profundo pesar ante os sofrimentos do samsara, lhe caíram lágrimas dos olhos, lágrimas essas que formaram um lago. Do fundo do lago emergiu uma flor de lótus. Quando o botão se abriu, uma maravilhosa divindade feminina saiu de dentro dela. Era Tara, que em sânscrito, significa "estrela". A
nobre Deusa Tara é descrita como "da cor da lua, calma, sorridente, sinuosa, irradiando luz de cinco cores..." Tara, filha de Avalokiteshavara, tem beneficiado muitos seres, manifestando-se de varias formas e realizando varias atividades através de estados particulares de concentração. A sua terra pura chama-se “harmonia das folhas de turquesa”. Tara possui inúmeras personalidades que se expressam de acordo com a necessidade e a diferença entre essas manifestações está na cor. Todas as divindades femininas budistas, possuem também seus aspectos pacífico e agressivo. Em seu aspecto pacífico, as divindades, tanto masculinas quanto femininas, usam coroas, jóias, mantos bordados em pedestais de lótus e possuem halos e auras de raios de luz. Em seu aspecto agressivo, elas tendem a ter poses dinâmicas e estatura alta e aparecem lutando contra demônios, a testa franzida, tendo emblemas e ornamentos terríveis, envoltas em chamas. No Vajrayana, cada divindade ocupa seu lugar na hierarquia divina, além de possuir seu mantra, sua mandala (esfera de influência, simbolizada por um diagrama cósmico), seus próprios assistentes e mensageiros. Cada uma é reconhecida por seu posto, cor de pele, o número de cabeças e membros, "mudras", suas roupas, emblemas, ornamentos e acessórios.
Tudo isso deve ser visualizado com clareza e precisão pelo adepto para que a divindade possa se manifestar.
TARA BRANCA(Sânscrito: Sitatara; Tibetano: Sgrol-dkar)Nesse seu aspecto branco, Tara senta-se na pose de Buda, a mão direita formando o "mudra" da caridade ou concedendo presentes, e a mão esquerda erguida, segurando o cause de uma flor de lótus (seu emblema distintivo), que floresce sobre seu ombro. Ela possui sete olhos de sabedoria, um no centro da testa, um na palma da mão e um na sola de cada pé. A Tara Branca também possui uma versão dinâmica e levemente agressiva, com mil braços, cabeças, olhos e pés, chamada Ushnishasitatapatra, a Deusa da Sombrinha Branca. Tara Branca é chamada, ás vezes, a Mãe de todos os Budas e representa o aspecto maternal da compaixão. Sua cor branca significa pureza, sabedoria e verdade. A Tara Branca aumenta as expectativas de vida. Está relacionada à longevidade e a tudo que esse processo implica. É dessa forma, toda branca, que ela nos conduz aos estados de auto-conhecimento e iluminação profundos. Na prática religiosa a Tara Branca ajuda seus seguidores a superar obstáculos, especialmente aqueles que inibem a prática da religião.
MANTRA: OM TARE TUTTARE TURE TARA VERDE
(Sânscrito: Syamatara; Tibetano: Sgrol-ljang)
A Tara Verde é representada sentada sobre uma flor de lótus emergindo de um lago, tal como se
diz que ela emergiu das lágrimas de Avalokiteshvara. Sua cor como seu nome indica que é verde. Sua mão direita faz o "mudra de dar", indicando sua habilidade para dar a todos os seres o que necessitam, enquanto sua mão esquerda colocada em seu coração faz o "mudra de dar refúgio". Em cada mão sustêm o talo de uma flor de lótus com uma flor aberta e dois botões que indicam o alcance de sua atividade no passado, no presente e no futuro. Veste roupas reais, multicoloridas e uma blusa ornamentada com jóias. Na cabeça há uma tiara com jóias e um rubi ao centro que simboliza a Amitabha, seu pai espiritual da família búdica do lótus. A perna esquerda encolhida sobre o lótus indica sua renúncia as paixões mundanas, a perna direita estendida y saindo da flor, indica sua presteza para acudir e ajudar todos os seres. A Tara Verde encarnou como Nepali, esposa do rei tibetano Srong-brtsan-sgam-po. No Budismo a cor verde está associada com atividade e realização. A Tara Verde deve ser invocada para remover obstáculos, para proteção e em situações de medo.
INVOCAÇÃO: Para invocar a força da Tara Verde, concentre-se na questão e peça clareza à
divindade. Visualize Tara como uma forte luz verde-esmeralda a sua frente, enquanto recita ou canta o mantra: OM TARE TUTTARE TURE SOHA
Concentre-se no pedido, visualize a luz verde a sua frente se intensificando e penetrando no topo de sua cabeça. Enquanto ela entra em seu corpo, purifica suas dúvidas e medos. Quando se sentir calmo e seguro, veja a luz verde descer, passando pela garganta até fundir-se com seu coração.
Permaneça nesse estado o tempo que puder, cultive o sentimento de confiança de que sua meditação foi realizada com sucesso e seu pedido será atendido ou o problema solucionado. Para finalizar, dedique essa energia a todos os que necessitam da positividade que você acumulou fazendo a meditação.