segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Frigga, a Deusa escandinava do Amor


Frigga, deusa escandiva no amor
FRIGGA, DEUSA DO AMORFrigga é a Deusa escandinava da fertilidade da terra, protetora das
famílias e das tribos. Seu nome significa "Aquela que ama" e é conhecida pelos
nomes: Frigg, Frige, Frija, Fricka, Frea, Frewa, Fruwa, Hlin, Hlyn, e Lin.
Vrou-elde era o nome holandês dela. Como esposa de Odin, mãe de Baldur (o Deus
da Primavera e do Renascimento ou da Regeneração), Frigga era a Suprema Deusa
Mãe dos Deuses Aesir, dinastia dos Deuses do céu indo-europeu e filha de
Fjorgyn. Frigga era a Deusa do Amor, da União e do Destino.
Contava-se que em um salão de seu palácio em Fensalir, em um dos mundos míticos
germânicos, havia um grande tear onde as Norns, as Senhoras do Destino,
enrolavam cordões para que Frigga pudesse tecer tanto o destino dos homens,
quanto as nuvens do céu. Esta atribuição associava esta Deusa também a rios,
cachoeiras e água doce. Fensalir era o local onde as almas dos cônjuges que
tinham sido fiéis um ao outro se reuniam após a morte, para nunca mais se
separarem. Uma estrela da Contelação de Órion é chamada de "Friggajar Rockr", em
sua homenagem. O fuso é um poderoso símbolo que representa a sabedoria,
a virtude e a indústria feminina. A tecelagem, para os vikings, foi uma
importante fonte de renda que enfatizava o poder das mulheres na tradição pagã.
Nas mãos de Frigga e das Norns, o fuso transformou-se em uma poderosa arma
mágica. Os vikings acreditavam que ela conhecia o destino dos homens, em virtude
desta sua ligação com as Norns. Na maioria das vezes, Frigga se
apresentava como uma mulher vestida com penas de falcões e gaviões, podendo
ainda, viajar na forma de um desses pássaros. Frigga está
associada ao início do Ano Novo. A noite mais longa o ano era dedicada à esta
Deusa. Todas as mulheres grávidas invocavam Frigga, acendendo uma vela branca,
nas festividades do Solstício de Inverno, para terem um parto seguro. Pode ser
invocada também, para ajudar em toda as coisas relacionadas com os ofícios de
tear, cozinhar, costurar, e também para proteger as crianças. É ela ainda, que
estabelece ligação com nossos antepassados. Os detalhes de sua adoração ficaram
perdidos quando foi instituído o feudalismo. Frigga aparece somente em alguns
registros do folclore alemão, onde sobreviveu como Frau Holda. As Deusas Holda,
Percht e Berchte são muito similares a Frigga. Como Deusa
das mulheres, Frigga era considerada a Padroeira do Matrimônio e Deusa da
Fertilidade. Neste aspecto está associada a Deusa Hera grega, que também era uma
feroz protetora das uniões conjugais. Assim como Hera, Frigga é casada com o
Deus Supremo de sua religião. Diferem entretanto, no que diz respeito a
fidelidade. As Deusas escandinavas não eram necessariamente fiéis, pois
estavam em pé de igualdade com o homem. Além disso, o adultério não era encarado
com o aspecto de total imoralidade, como em nossos dias. As mulheres nórdicas
que não traiam seus maridos, não tinham respaldo em códigos morais, mas alegavam
que os amavam verdadeiramente. A base de tais conceitos está fundamentada na
origem da criação. Para os nórdicos, toda energia masculina derivava da Deusa,
ou energia feminina. A Fêmea é aquela que dá luz e o invólucro da criação.
Dentro desse contexto, todas as coisas, inclusive o homem de sexo masculino, vêm
da Mãe de Todas as Coisas. É exatamente o oposto do conceito cristão de Adão e
Eva, onde Deus moldou Eva a partir da costela de Adão. A mulher
primitiva era não tida como pecadora e podia-se unir-se sem culpa, a quantos
homens desejasse. O amor era bom enquanto durasse, não era uma instituição e sim
uma união que só se fortalecia se houvesse um sentimento maior. Frigga
teve uma união bem-sucedida com Odin, tanto que dividiu seu trono, chamado
Hildskjalf, com ele e de onde podia ver os nove mundos. Entretanto, dividia sua
cama com Vili e Ve, irmãos de Odin, quando este último saía em jornadas fora de
Asgard. O adultério era desculpado pelos nórdicos, mas condenado pelos gregos.
Frigga era considerada como a Deusa defensora da paz. Eram
às mulheres que cabia o papel de intermediadoras e promotoras da paz. O
culto à Frigga era base para todas as uniões legais entre homens e mulheres e a
base para todos os códigos morais da sociedade germânica. Por esta razão, os
seguidores de Frigga eram considerados mediadores, ou primitivos advogados que
ocupavam uma posição elevada, honrada e respeitada pela comunidade. Para eles, a
lealdade e a família vinham em primeiro lugar, seguido pelos amigos do clã, o
Senhor e o Rei. Quebrar um juramento, naquela época levava o indivíduo à morte
ou banimento pela sociedade. O banimento era considerado uma morte lenta e
tortuosa, pois o indivíduo era deixado só em uma região totalmente isolada de
muito frio e neve, sem nenhum alimento. Esta Deusa do Amor
era também versada na arte da magia e profecias Foi ela que introduziu as runas
como instrumentos de adivinhação. Runas são pedras grafadas com símbolos, que
nos permite encontrar respostas para um futuro incerto. Mas para a Deusa, esta
habilidade de prever o futuro lhe trouxe muita dor quando previu a morte de seu
filho Balder. E, mesmo sabendo que não poderia mudar o destino, viajou por todos
os lugares pedindo aos seres que nunca fizessem mal ao seu amado filho.
Balder, entretanto, não poderia ser ferido ou morto, a não ser pelo
veneno de um visco. Então, Loki, que invejava a beleza e juventude de Balder,
portador desta confissão, pois aproximou-se em segredo, disfarçado de mulher,
encontrou um pouco de visco e fabricou um jogo de dardos com ele. Foi então até
uma reunião dos Deuses e convencer Holdur, um deus cego (irmão de Balder) a
arremessá-los contra Balder, que morreu. Todos os Deuses e Frigga choraram a sua
perda. Sua mãe tentou negociar com Hel, a Rainha do Mundo dos Mortos, para
trazer seu filho de volta, mas tudo foi em vão. O tempo
passou e tudo começou a estagnar-se. O Lobo Fenris se libertou de seus grilhões
e devorou o Sol. A árvore do mundo, Yggdrasil, tremeu das raízes a copa.
Montanhas afundaram no mar e todo o país tremeu. Um longo inverno se seguiu,
trazendo a fome e a libertação dos gigantes do gelo que devastaram o mundo.
Odin uniu-se às Valquírias e os poderosos Deuses do Aesir para combater
Fenris e estabelecer a ordem. Vencendo a batalha, finalmente a terra renasceu do
mar, o Sol reapareceu no céu e Baldur ressuscitou dos mortos para governar os
novos tempos. Dois mortais que sobreviveram escondidos nos galhos da árvore do
mundo povoaram a Terra e novas colinas ergueram-se dos mares. A natureza
tornou-se viva e florescente através das bençãos de Frigga, a Deusa da
Fertilidade e do Amor. Frigga possuía onze ajudantes: Fulla,
Hlin, Gna, Vjofn, Lofn, Syn, Gefjon, Snotra, Eira, Vara e Vor, que lhes
auxiliavam em sua missão de zelar pelo casamento e pela ordem social. A
mensageira de Frigga é Gna, que monta o cavalo Hofvarpnir através dos céus.
Vjofn tinha a tarefa de apazigüar as brigas domésticas. Lofn auxiliava os
amantes na procura de um amor. Syn (vidente) era a guardiã do Palácio de Frigga.
Eira era a curadora, tinha conhecimento do poder das ervas e as manipulava no
fabrico de remédios. Vara era a juíza e o carrasco daqueles que não cumpriam com
sua palavra. Snotra era a virtude, encarregada do aquivamento de todas as
coisas. Vor era os olhos de Frigga que podiam ver o futuro e que observava de
perto o que acontecia no mundo dos homens. É interessante
acrescentar que Frigga é uma Deusa muito antiga, com fortes conexões com a
Terra. O controle da natureza exercido por Frigga é claramente visualizado
quando ela pede para que toda a criação não prejudique seu filho Baldur e quando
tudo ganha nova vida com suas bençãos. Invoque Frigga para:
fertilidade, proteção, saúde, sabedoria, a paixão, a magia sexual, liberdade
sexual, mágica do nó, durante o parto, para proteger sua casa, encontrar um nome
para uma criança que está para nascer e para saber do passado, presente e
futuro. Sexta-feira é o dia mais propício e poderoso para a invocação de Frigga.
Os animais consagrados à esta Deusa são: o ganso, o gato, o
porco, o pardal e o cavalo. Frigga é a expressão mais
moderna das Deusas Antigas. Ela está mais perto da humanidade e dos interesses
humanos porque é a Deusa da Ordem Social e das Relações Sociais. É Ela que tece
a teia da sociedade e dá forma à humanidade. O que seria do nosso mundo sem
relacionamentos sociais? Frigga chega em nossas vidas para
nos dizer que uma única verdade de nada se aproxima da sabedoria. Só alcançamos
a sabedoria quando nos aproximamos de múltiplas verdades e possamos nos integrar
à elas. Uma moeda tem dois lados, já a verdade é multifacetada. Pegue
sua vara de pescar e dirija-se ao mar ou a um rio. Sente-se confortavelmente,
coloque a linha na água e quando os peixes começarem a surgir, imagine-os como
verdades que devem ser trabalhadas. Peça a Frigga que o(a) oriente na busca das
verdades que você necessita para melhorar seus relacionamentos e, boa sorte em
sua pescaria! RITUAL DE FRIGGA PARA PROTEÇÃO Esse ritual
invocará a proteção da Deusa Frigga durante todo o ano. Para fazê-lo, deve
semear em seu jardim ou em um vaso si não possuir um pátio. As melhores sementes
para esse ritual são as de Tanaceto (Tanacetum parthenium), já que essa erva
simboliza a proteção e são de fácil cultivo. No entanto, pode escolher qualquer
outra planta. Cave o solo cuidadosamente, verificando se o
solo está livre de ervas daninhas. Enterre as sementes fazendo a forma de uma
runa nórdica que significa proteção. A forma é de um "Y"
maiúsculo, porém com um traço central contínuo, como mostra a figura acima, de
maneira que o símbolo três pontas assinalando até o alto. Enquanto espalha as
sementes na terra diga: -"Deusa Frigga, de igual modo que essas sementes
cresceram altas e fortes, proteja-me durante todo o ano". Trate suas
ervas cuidadosamente, recortando-as e arrancando qualquer que cresça fora do
formato da runa. No final do outono, recolha algumas sementes, para que possa
repetir o ritual no próximo ano, porém não é preciso arrancar a planta para
voltar a fazer o ritual na primavera. RITUAL PARA ATRAIR A BOA SORTE
A Deusa Frigga, muitas vezes era representada, como uma
mulher alta e elegante, que carregava um molho de chaves em seu cinturão. Para
esse ritual você precisará de uma chave antiga que não tenha fechadura. Você
comprá-la em alguma casa que venda objetos usados ou adquira uma nova em um
chaveiro próximo de sua casa. Escolha, se possivel uma de metal brilhante ou de
bronze, mas nunca de ferro. Limpe-a e a deixe o mais reluzente que conseguir.
Para na entrada da sua porta principal, olhando para dentro da casa,
coloque a chave em sua mão direita e estendendo-a à frente diga: -"Deusa
Frigga, coloque toda a energia da prosperidade e da boa sorte nessa chave, de
maneira que sempre esteja comigo". Agora caminhe por todas as peças da casa,
sustentado a chave em sua mão e em frente a você. Toque todos os seus
objetos pessoais com sua chave, como sua cama para ter sorte em seus
relacionamentos, o telefone para receber sempre boas notícias de amigos,
negócios ou estudos e assim, toque em tudo que signifique algo para você. Quando
terminar o ritual, coloque a chave em um gancho sobre a porta principal e a
mantenha sempre limpa e brilhante. Texto pesquisado e
desenvolvido por Rosane Volpatto

Morgana e a Magia da Vida

Morgana e magia da vida
Morgana possuiu muitos nomes e é a representação
da energia mítica das mulheres. Possui também, múltiplas facetas, é o arquétipo
da Deusa-Lua e da Mulher Eterna; é Mãe, amante e filha; é Senhora da Vida e da
Morte. Foi associada inclusive à rios, lagos, cachoeiras, magia, noite, vingança
e profecias. Hoje, a maioria das bruxas invocam o nome de Morgana e
praticam magia para ela. Ela pode ser uma enorme aliada para as mulheres que
reivindicam os poderes de feminilidade que emergem apenas em pesadelos à noite,
mulheres que buscam a reafirmação de que é certo exercitar se poder de Fada, de
serem capazes de passar de um mundo para o outro.Quando nos aliarmos
com Morgana, quando nos abandonarmos totalmente, com a maior confiança ao seu
mundo feérico, nos aliaremos também com a vida, com a magia da vida e o amor
infinito que ela contem.Aliar-se com Morgana é aliar-se com a melhor
parte de nós mesmos! Morgana chega para despertar sua atenção para a
independência. Você depende de outra pessoa até para respirar? Pois saiba que se
plantarmos uma árvore lado a lado elas se asfixiarão. O que cresce necessita de
espaço, talvez um pequeno espaço para se exalar o perfume da rosa. Kahlil Gibran
diz:"Deixai que haja espaço em vossa união. Deixai que os ventos
dos céus dancem entre vós." O espaço permite que a diversidade
encontre ritmo e contorno. Você desperdiça sua vitalidade focalizando os
problemas dos outros, relegando os seus para um segundo plano? Você move-se com
o rebanho sem exprimir suas idéias ou opiniões?Morgana pede para
que você, pare, reflita e dimensione suas potencialidades, tentando se libertar
de todas suas dependências físicas e psíquicas. É hora de mudar o ritmo!
Morgana, a fada, chegou dançando à sua vida com seus tambores e sua magia para
convidá-la a descobrir e viver seus ritmos. Talvez você
nunca tenha descoberto seu ritmo porque você agradar àqueles com quem convive.
Mas é de vital importância que você tenha seu próprio ritmo. Fluir com ele lhe
dará mais energias, porque você deixará de reprimir o que lhe é natural. Morgana
diz que a vitalidade, a saúde e a totalidade são cultivadas quando você flui com
sua pulsação única.

Tara Branca e Tara verde


TARA
Até os primeiros anos da era cristã, o princípio masculino
reinava, supremo e tranqüilo, tanto no budismo quanto no bramanismo. As
divindades hindus, herdadas e assumidas pelo budismo, eram quase que
exclusivamente masculinas. Os budas e bodhisattas, pertencentes ao budismo
Mahayana em seus primórdios eram quase inteiramente masculinos. As
primeiras divindades femininas a aparecer no budismo Mahayana foram Tara e
Prajnaparamita. Tara, a Salvadora, aparecendo no século II, representa a
epifania da Grande Mãe cujo culto se estendeu, em tempos antigos, sobre o vasto
território afro-egeu-asiático e sempre foi adorada pela camada pré-ariana da
população da Índia. Foi durante o primeiro milênio da era cristã, que os
ensinamentos místicos ocultos do tantrismo se espalharam pela índia, obliterando
muitas das diferenças entre o hinduísmo e o budismo. Muitas divindades hindus
foram incluídas no panteão budista como bodhisattvas e dharmapalas (Defensores
da Doutrina). No posterior budismo tântrico, especialmente o Vjarayana
(Caminho do Diamante), que sobreviveu apenas no Tibete, cada divindade masculina
foi presenteada com uma parceira feminina, como no hinduísmo, mas os
significados filosóficos são diferentes. No hinduísmo, a divindade feminina
representa a parceira ativa, a shakti (poder ou energia), do Senhor Shiva, que
sem ela teria permanecido no sono profundo do Absoluto. O budismo reverte esses
papéis de acordo com a filosofia mística do Prajnaparamita (discursos do Buda).
A divindade feminina não é shakti, mas prajna (sabedoria), que é identificada
como "shunya" a Vacuidade. Prajna é o que concorda, o passivo, o contemplativo.
Os Budas e as divindades masculinas são os parceiros ativos, simbolizando karma
(compaixão) e upaya (método ou habilidades), as características fundamentais de
um bodhisatta. A união mística das dualidades do mundo e especialmente a
união inseparável da sabedoria, o princípio feminino, e da compaixão, o
princípio masculino, é vivamente simbolizada na arte e no ritual tibetanos, de
forma mais forte talvez pelo vjara e pelo sino, e também pelo abraço sagrado das
divindades, chamadas em tibetano de yab-yum (pai-mãe). Com o auxílio desses
símbolos, o adepto da meditação transcende as dualidades dentro de sua própria
natureza. A síntese final entre compaixão e sabedoria leva à percepção do
Absoluto.
NASCIMENTO DE TARA
Se conta, que Avalokiteshavara, o Buda da Compaixão, que em profundo pesar ante os sofrimentos do samsara, lhe caíram lágrimas dos olhos, lágrimas essas que formaram um lago. Do fundo do lago emergiu uma flor de lótus. Quando o botão se abriu, uma maravilhosa divindade feminina saiu de dentro dela. Era Tara, que em sânscrito, significa "estrela". A
nobre Deusa Tara é descrita como "da cor da lua, calma, sorridente, sinuosa, irradiando luz de cinco cores..." Tara, filha de Avalokiteshavara, tem beneficiado muitos seres, manifestando-se de varias formas e realizando varias atividades através de estados particulares de concentração. A sua terra pura chama-se “harmonia das folhas de turquesa”. Tara possui inúmeras personalidades que se expressam de acordo com a necessidade e a diferença entre essas manifestações está na cor. Todas as divindades femininas budistas, possuem também seus aspectos pacífico e agressivo. Em seu aspecto pacífico, as divindades, tanto masculinas quanto femininas, usam coroas, jóias, mantos bordados em pedestais de lótus e possuem halos e auras de raios de luz. Em seu aspecto agressivo, elas tendem a ter poses dinâmicas e estatura alta e aparecem lutando contra demônios, a testa franzida, tendo emblemas e ornamentos terríveis, envoltas em chamas. No Vajrayana, cada divindade ocupa seu lugar na hierarquia divina, além de possuir seu mantra, sua mandala (esfera de influência, simbolizada por um diagrama cósmico), seus próprios assistentes e mensageiros. Cada uma é reconhecida por seu posto, cor de pele, o número de cabeças e membros, "mudras", suas roupas, emblemas, ornamentos e acessórios.
Tudo isso deve ser visualizado com clareza e precisão pelo adepto para que a divindade possa se manifestar.
TARA BRANCA(Sânscrito: Sitatara; Tibetano: Sgrol-dkar)Nesse seu aspecto branco, Tara senta-se na pose de Buda, a mão direita formando o "mudra" da caridade ou concedendo presentes, e a mão esquerda erguida, segurando o cause de uma flor de lótus (seu emblema distintivo), que floresce sobre seu ombro. Ela possui sete olhos de sabedoria, um no centro da testa, um na palma da mão e um na sola de cada pé. A Tara Branca também possui uma versão dinâmica e levemente agressiva, com mil braços, cabeças, olhos e pés, chamada Ushnishasitatapatra, a Deusa da Sombrinha Branca. Tara Branca é chamada, ás vezes, a Mãe de todos os Budas e representa o aspecto maternal da compaixão. Sua cor branca significa pureza, sabedoria e verdade. A Tara Branca aumenta as expectativas de vida. Está relacionada à longevidade e a tudo que esse processo implica. É dessa forma, toda branca, que ela nos conduz aos estados de auto-conhecimento e iluminação profundos. Na prática religiosa a Tara Branca ajuda seus seguidores a superar obstáculos, especialmente aqueles que inibem a prática da religião.
MANTRA: OM TARE TUTTARE TURE TARA VERDE
(Sânscrito: Syamatara; Tibetano: Sgrol-ljang)
A Tara Verde é representada sentada sobre uma flor de lótus emergindo de um lago, tal como se
diz que ela emergiu das lágrimas de Avalokiteshvara. Sua cor como seu nome indica que é verde. Sua mão direita faz o "mudra de dar", indicando sua habilidade para dar a todos os seres o que necessitam, enquanto sua mão esquerda colocada em seu coração faz o "mudra de dar refúgio". Em cada mão sustêm o talo de uma flor de lótus com uma flor aberta e dois botões que indicam o alcance de sua atividade no passado, no presente e no futuro. Veste roupas reais, multicoloridas e uma blusa ornamentada com jóias. Na cabeça há uma tiara com jóias e um rubi ao centro que simboliza a Amitabha, seu pai espiritual da família búdica do lótus. A perna esquerda encolhida sobre o lótus indica sua renúncia as paixões mundanas, a perna direita estendida y saindo da flor, indica sua presteza para acudir e ajudar todos os seres. A Tara Verde encarnou como Nepali, esposa do rei tibetano Srong-brtsan-sgam-po. No Budismo a cor verde está associada com atividade e realização. A Tara Verde deve ser invocada para remover obstáculos, para proteção e em situações de medo.
INVOCAÇÃO: Para invocar a força da Tara Verde, concentre-se na questão e peça clareza à
divindade. Visualize Tara como uma forte luz verde-esmeralda a sua frente, enquanto recita ou canta o mantra: OM TARE TUTTARE TURE SOHA
Concentre-se no pedido, visualize a luz verde a sua frente se intensificando e penetrando no topo de sua cabeça. Enquanto ela entra em seu corpo, purifica suas dúvidas e medos. Quando se sentir calmo e seguro, veja a luz verde descer, passando pela garganta até fundir-se com seu coração.
Permaneça nesse estado o tempo que puder, cultive o sentimento de confiança de que sua meditação foi realizada com sucesso e seu pedido será atendido ou o problema solucionado. Para finalizar, dedique essa energia a todos os que necessitam da positividade que você acumulou fazendo a meditação.